31.7.10

Quando tudo falha

É estranho aceitar e entender que tudo muda, os sentimentos, as pessoas, o modo como se encara a vida, e as vezes no auge dessa mudança você percebe que nada está saindo como o planejado. De repente tudo foge do controle, e as brigas continuam constantes apesar do seu interior lutar para que se acabe os desentendimentos. Na real tudo que você quer é ser normal, é ser feliz, é ter uma vida como a maioria das pessoas, apesar de sempre ter optado em ser diferente. Se torna cada vez mais difícil segurar a barra, embora você sempre tenha conseguido se manter dentro dos seus objetivos, até que surge algo novo, algo que você ainda não sabe do que se trata, mas é  um  sentimento que te diz pra seguir em frente, pra lutar pelo teu melhor, e parar de se preocupar tanto com os que te rodeiam. Essa angústia te persegue e te faz ser rude com os outros e consigo mesma, só pelo fato de lembrar que você ainda precisa esperar, que você não pode fazer nada de imediato, e que mais uma vez a tolerância e a paciência têm de se esticar um pouco mais, mais um pouco... Até chegar a hora certa. Enquanto isso é só pedir uma trégua, pra você mesma, e lembrar que quando tudo falha, o remédio é se acertar com o tempo.

8.7.10

O mal do século.

O "mal do século" foi um termo usado a muito tempo atrás, para caracterizar a dor do amor, pois os romanticos daquela época eram extremamente desolados, desacreditados, sendo capazes de renunciar à própria vida em função da pessoa amada. Fazendo uma analogia a essa época, eu percebi que o mal do século perdura até hoje, não mais na forma do amor incondicional e platônico, mas sim na futilidade da nossa geração. Hoje todos tem a ilusão de que a felicidade consiste em conseguir beijar o maior número de bocas possível numa micareta. Ou em namorar apenas pra não estar sozinho, e trocar o seu parceiro a cada um mês, porque a onda é "pegar e não se apegar". Gostaria de saber de cada uma dessas pessoas se elas são realmente felizes com esse tipo de atitude, e se a cada boca beijada numa festa lhe é transmitida algum tipo de aprendizado, além do fato de aprender a lidar com herpes bucal. Risos. Eu particularmente sempre preferi viver intensamente cada relacionamento, e a partir deles conseguir reconhecer a mim mesma, aprender com os erros, saber lidar melhor com as pessoas, e acima de tudo conseguir adquirir a maturidade necessária para não viver eternamente na "terra do nunca". O que mais me deixa perplexa nisso tudo é ver como a galerinha se orgulha de ter beijado 20/30 numa festa! A futilidade reina, e as pessoas não sabem mais o significado da palavra AMOR. Ninguém sente amor com A maiúsculo. Eu vivo rodeada de gente que me pergunta porque estou a mais de seis meses esperando pra beijar na boca. Talvez não saibam que um beijo de quem amo, vale muito mais do que mil beijos sem amor. Sinto-me orgulhosa disso. E sei que existe quem se sinta também.