10.12.10

Eu poderia dizer o que eu sinto, o quanto você quisesse ouvir. Eu poderia ficar ali, horas, te observando. Eu poderia em vez de chorar, sorrir para não te deixar triste. Eu poderia falar algo após um beijo nosso, em vez de ficar em silêncio. Eu poderia não ficar corada, quando você olhasse pra mim. Eu poderia disfarçar o quanto é grande o sentimento dentro do meu coração. Poderia conter o meu ciúme. Eu poderia ficar ali, parada, naquele silêncio com você por horas, dias e semanas, só ouvindo o som da tua respiração. Eu poderia não ser ansiosa. Eu poderia não ter medo de te perder. Mas se eu conseguisse fazer tudo isso, essa não seria eu.  A minha insegurança não permite que eu apenas ignore as emoções, e as faça parecer simples, eu sempre estou disposta a dizer e a fazer o que for possível pra trazer de volta a minha felicidade. A minha insegurança é causadora de tudo o que vem depois, e só depois eu me dou conta de que haviam coisas mais importantes do que ela. Sim, tenho medo de te perder de vez, sempre tive, mais não porque eu quero, e não que você tenha me dado motivos para ter medo, mas sim porque tudo que fora precioso na minha vida se foi, e doeu muito, formou um buraco no meu coração que até então ninguém havia conseguido fechar por completo, exceto uma pessoa, você. Então me diga, como eu poderia me sentir segura? No entanto, a minha insegurança te tirou de mim. Eu só preciso do seu amor de volta, do amor sincero, verdadeiro e gostoso que só você sabe dar. Eu te amo, não só por hoje, mas pra sempre.

2.12.10

Melancolia.

"1. Estado mórbido e persistente de tristeza profunda. 2. Pesar, desgosto." 
Seria um exagero da minha parte afirmar que sofro de melancolia. Até porque conviver em estado mórbido de tristeza não faz jus à minha personalidade. Porém, o que me acomete é um estado de culpa, por ter feito o que não queria, por ter falado o que não podia, e ter gerado consequências com as quais eu não sei como lidar. O mais irritante disso tudo é que eu tenho plena consciência, e ser consciente às vezes não é benéfico pra si mesmo. Tenho consciência de que não estava consciente, e que o meu ato foi puramente infantil, imaturo, estúpido, impensado. Coisas que também não fazem jus à minha personalidade. Por ser uma mulher talvez eu possa colocar a culpa na tal da Tensão Pré-Menstrual, mas o fato de eu ter consciência não me deixa simplesmente dizer que a culpa não foi minha e que toda a estupidez gerada por doses mais altas de hormônio, me fizeram agir daquela forma, embora eu e 99% das mulheres do mundo, saibam que uma vez por mês ficamos mais vulneráveis a cometer "crimes" contra o nosso próprio jeito de pensar e agir. Em menos de 48 horas eu me perguntei todo o tempo se eu realmente sou tão imatura. E cheguei à conclusão. Não, não sou imatura. Do contrário não teria a consciência de reconhecer os meus atos impensados. E ao fim desse texto já me sinto leve, como se toda a "melancolia" tivesse sido arrastada junto com a culpa. Estou com a sensação de que fiz o que deveria ser feito, errei, voltei atrás, aprendi, e sigo em frente. =)

29.11.10

(...)

Parecia tudo ter sido feito exclusivamente pra mim, na medida certa e do jeito que eu sempre quis. O seu jeito único de me tratar, com aquele carinho que brotava do fundo da alma, e aparentava ser o sentimento mais puro já demonstrado por alguém. Só pra mim. E por mais que eu me esforçasse pra parecer fria e indiferente a tudo aquilo, eu definitivamente não podia deixar que passasse por mim sem que eu pudesse provar, sentir, e me entreguei. Me entreguei tanto que fiz coisas inimagináveis só por medo de te perder. Eu mergulhei de cabeça, corpo, alma e coração nisso que eu imaginava ser mais que uma aventura ou mudança radical, eu tinha absoluta certeza que seria feliz contigo, e não me enganei, eu sou feliz. Mas não gosto e não admito as mudanças no teu comportamento. Tudo que era intenso, vivo e incondicional, está se tornando frágil e condicional demais. Eu sou o problema? Ou será que o problema são as promessas que fizemos, sem a intenção de cumpri-las rigorosamente?
Os meus erros não são justificáveis, mas o amor era incondicional. Então não faz assim, é desgastante. A minha intenção ainda é ser feliz.

25.11.10

Mudou a minha vida, e mais..

Foi uma mudança extremamente radical. Uma mudança que eu não queria, não fazia questão alguma, mas precisava tanto, e custou pra mim enxergar que a minha ilusão de felicidade não passava de uma fantasia, um sonho, algo que eu teria que esperar anos e anos, e nem sabia se aconteceria. Então você apareceu, e me fez ver que a vida que eu levava, não era a vida que eu queria, era a vida que eu achava que queria. Eu fui me deixando dominar aos poucos, fui me encantando a cada palavra, a cada gesto, a cada coisa que você dizia e que me fazia sorrir pra valer. Com você eu sempre pude ser eu mesma, sem ter medo de brigar, porque mesmo que isso acontecesse, bastava um gesto de carinho e tudo voltava ao normal. Comecei a comparar a minha vida, antes e depois de você. E percebi que não podemos nos prender a nada sem antes experimentar tudo que a vida nos oferece. É como um encaixe, e você não é a perfeição. Te odeio por um segundo e te amo mais depois que ele passa, espero que isso não se torne rotineiro, não vai combinar com nós dois. Eu vejo qualidade até nos teus defeitos, e isso não é um elogio, é um alerta! Não perca aquela essência, o tempo é traiçoeiro. Ele muda e nos faz mudar junto com ele. Mas você tem coisas que são completamente tudo que eu já desejei.. Ouvir, ver, sentir, falar. Com você, eu posso, e eu quero. Só com você. 
É, eu sou complicada e ciumenta. Sou por vezes até um pouco infantil, mas é isso que o amor faz com a gente. Não mude jamais, e nem me peça pra mudar. As diferenças precisam existir dentro das semelhanças, e pra nós dois basta um ponto em comum. 
Amor mútuo. ♥

24.11.10

É o meu ponto de vista.

Definitivamente nós não temos controle sobre tudo. Nem sobre nós mesmos. O impulso acaba nos dominando e fazemos coisas que em sã consciência dos atos, não faríamos. Alguns sentimentos influenciam nessas decisões, como a raiva, o ciúme, o orgulho... Quem nunca agiu errado por medo de perder alguém? Ou quem nunca quis se vingar de algo, apenas pra não se sentir humilhado, por baixo? Pois eu digo com toda a certeza que a pior besteira é fazermos alguma coisa movidos pelo sentimento. Se algo precisa nos mover, que seja a razão, a coerência, o bom senso. Mas eu, como todo ser humano errante e aprendiz desse mundo, sempre aconselho e repito isso a mim mesma, e como todo ser humano errante, eu me contradigo. Faço o que não aconselho, aconselho o que não faço, repito a mesma coisa, e encontro soluções para os problemas alheios. E quanto aos meus problemas? Minhas dúvidas, minhas confusões mentais? Não dá. Preciso de ajuda. "Você, amiga, me diz o que fazer!" É a minha perdição. Continuo agindo na base de sentimentos, e conselhos, e palpites... Por que ninguém segue os próprios conselhos? Porque não os cabe. Conselhos vêm do outro, e então você nunca enxerga a si mesmo sob o seu próprio ponto de vista.

13.10.10

"Tudo muda e com toda a razão."

Todo dia começamos uma vida nova. Talvez a gente não perceba, mas mudamos a cada 24 horas, assim como os dias. É só a gente parar um pouquinho e olhar pra trás. A alguns dias, alguns meses, anos. Por muitas dessas lembranças, só nos resta mesmo a saudade. Essa dai nunca muda, vai acumulando, e nós vamos guardando, até o dia em que teremos que esquecer algumas, para que possam caber outras. Eu venho buscando mais mudanças, que me tragam experiência, maturidade, que me levem aonde eu quero chegar, sem muitas pretensões. Mudança radical, é disso que eu preciso. Tá faltando um gás a mais, aquele empurrãozinho de leve, aquela liberdade que eu sempre desejei. Eu até podia desejar de volta a minha vida de anos atrás, onde a imaginação era tudo que eu precisava verdadeiramente. Mas onde eu chegaria se vivesse pra sempre na terra do nunca? Todos devemos nos perguntar isso, e buscar a mudança, diariamente, incansávelmente. Deixar pra trás faz parte da nossa evolução.

22.9.10

Eles não estavam mais juntos, mas dentro dela havia uma esperança. Ela o encontrou triste num canto, resolveu conversar. No entanto o que parecia ser tão óbvio não era o que ela imaginava. Talvez ele já tivesse superado tudo. Mesmo assim conversaram, e em meio às lágrimas trocaram carícias, beijos, e ela achou que aquilo poderia ser o começo de uma reconciliação. Se afastou por uns minutos, estava confusa. Também sentia algo inexplicável por outra pessoa, era um sentimento seguro, como se nele tivesse depositado toda a sua confiança. Mas embora achasse que esse sentimento era pra valer, resolveu ir atrás do antigo amor. E numa sala de estar, em cima de um sofá aconchegante lá estava ele, porém acompanhado, por outra menina, em momentos íntimos de pura luxúria. Ela não acreditava no que seus olhos viam, mas bastou um olhar dele em sua direção, com cara de deboche, pra que ela pudesse entender tudo. Era uma vingança terrível, mesquinha, planejada com a frieza de um homem abandonado. E apesar da surpresa e da indignação, ela ergueu a cabeça e foi atrás do novo amor. Talvez nele encontrasse o consolo que precisava, talvez pudesse depositar nele todo o amor que outrora pensou em resgatar com seu antigo parceiro. E como se já não bastasse a decepção sofrida antes, ela também não encontrou abrigo nos braços daquele rapaz onde pretendia reviver uma história de amor. Ele também a abandonara, justamente no momento em que ela mais precisaria de todas as suas juras e provas intermináveis. Estava arrasada, com medo, com raiva, mergulhada em lágrimas, e acordou. O alívio foi imediato, era só um sonho.

19.9.10

The End.

É como se o vazio habitasse em mim, embora eu não possa mais voltar atrás, e nem queira, embora eu queira resgatar o que me faz falta, e não possa. Certas pessoas se tornam inatingíveis pela ação do tempo, da vida, da morte... Outras a gente trata de afastá-las, sem querer, e sem saber se consegue permanecer longe. Não sei se foi uma questão de ingratidão eu me afastar de ti, talvez egoísmo, covardia, medo. Egoísmo, exatamente. É quando você acha que pra ser feliz, precisa se colocar na frente de tudo e de todos, pensar primeiro em si. O que nós, egoístas, não sabemos, é que ninguém consegue ser feliz sem fazer alguém feliz. Mas isso não basta. Nós queremos ser felizes primeiro, e a partir dai proporcionar a felicidade do outro. Talvez tenha sido por isso que eu te magoei, puro egoísmo. Ingratidão, não. 
É complicado admitir o próprio egoísmo. Mas eu enxergo nisso um ato nobre. Um egoísta infeliz não é capaz de fazer ninguém feliz. E mesmo que ele precise magoar essa pessoa para que ela entenda isso, ainda assim é nobre. Porque ninguém quer e nem deve querer viver de migalhas, de retalhos, restos de amor ou o que quer que seja. É preciso saber a hora exata de dizer adeus, quem sabe assim a história dure para sempre. Eu não quis te oferecer o que sobrou. Já não era o suficiente, não era o que você queria, o que merecia. Prefiro guardar pra mim o que sobrou, e exercitar ainda mais o meu lado egoísta, embora eu tenha certeza de que tal ato vai te fazer bem melhor. Ou vai me fazer melhor? Espero que me faça, e te faça depois. O meu egoísmo é inevitável, mas te quero bem. 

31.7.10

Quando tudo falha

É estranho aceitar e entender que tudo muda, os sentimentos, as pessoas, o modo como se encara a vida, e as vezes no auge dessa mudança você percebe que nada está saindo como o planejado. De repente tudo foge do controle, e as brigas continuam constantes apesar do seu interior lutar para que se acabe os desentendimentos. Na real tudo que você quer é ser normal, é ser feliz, é ter uma vida como a maioria das pessoas, apesar de sempre ter optado em ser diferente. Se torna cada vez mais difícil segurar a barra, embora você sempre tenha conseguido se manter dentro dos seus objetivos, até que surge algo novo, algo que você ainda não sabe do que se trata, mas é  um  sentimento que te diz pra seguir em frente, pra lutar pelo teu melhor, e parar de se preocupar tanto com os que te rodeiam. Essa angústia te persegue e te faz ser rude com os outros e consigo mesma, só pelo fato de lembrar que você ainda precisa esperar, que você não pode fazer nada de imediato, e que mais uma vez a tolerância e a paciência têm de se esticar um pouco mais, mais um pouco... Até chegar a hora certa. Enquanto isso é só pedir uma trégua, pra você mesma, e lembrar que quando tudo falha, o remédio é se acertar com o tempo.

8.7.10

O mal do século.

O "mal do século" foi um termo usado a muito tempo atrás, para caracterizar a dor do amor, pois os romanticos daquela época eram extremamente desolados, desacreditados, sendo capazes de renunciar à própria vida em função da pessoa amada. Fazendo uma analogia a essa época, eu percebi que o mal do século perdura até hoje, não mais na forma do amor incondicional e platônico, mas sim na futilidade da nossa geração. Hoje todos tem a ilusão de que a felicidade consiste em conseguir beijar o maior número de bocas possível numa micareta. Ou em namorar apenas pra não estar sozinho, e trocar o seu parceiro a cada um mês, porque a onda é "pegar e não se apegar". Gostaria de saber de cada uma dessas pessoas se elas são realmente felizes com esse tipo de atitude, e se a cada boca beijada numa festa lhe é transmitida algum tipo de aprendizado, além do fato de aprender a lidar com herpes bucal. Risos. Eu particularmente sempre preferi viver intensamente cada relacionamento, e a partir deles conseguir reconhecer a mim mesma, aprender com os erros, saber lidar melhor com as pessoas, e acima de tudo conseguir adquirir a maturidade necessária para não viver eternamente na "terra do nunca". O que mais me deixa perplexa nisso tudo é ver como a galerinha se orgulha de ter beijado 20/30 numa festa! A futilidade reina, e as pessoas não sabem mais o significado da palavra AMOR. Ninguém sente amor com A maiúsculo. Eu vivo rodeada de gente que me pergunta porque estou a mais de seis meses esperando pra beijar na boca. Talvez não saibam que um beijo de quem amo, vale muito mais do que mil beijos sem amor. Sinto-me orgulhosa disso. E sei que existe quem se sinta também.