22.9.10

Eles não estavam mais juntos, mas dentro dela havia uma esperança. Ela o encontrou triste num canto, resolveu conversar. No entanto o que parecia ser tão óbvio não era o que ela imaginava. Talvez ele já tivesse superado tudo. Mesmo assim conversaram, e em meio às lágrimas trocaram carícias, beijos, e ela achou que aquilo poderia ser o começo de uma reconciliação. Se afastou por uns minutos, estava confusa. Também sentia algo inexplicável por outra pessoa, era um sentimento seguro, como se nele tivesse depositado toda a sua confiança. Mas embora achasse que esse sentimento era pra valer, resolveu ir atrás do antigo amor. E numa sala de estar, em cima de um sofá aconchegante lá estava ele, porém acompanhado, por outra menina, em momentos íntimos de pura luxúria. Ela não acreditava no que seus olhos viam, mas bastou um olhar dele em sua direção, com cara de deboche, pra que ela pudesse entender tudo. Era uma vingança terrível, mesquinha, planejada com a frieza de um homem abandonado. E apesar da surpresa e da indignação, ela ergueu a cabeça e foi atrás do novo amor. Talvez nele encontrasse o consolo que precisava, talvez pudesse depositar nele todo o amor que outrora pensou em resgatar com seu antigo parceiro. E como se já não bastasse a decepção sofrida antes, ela também não encontrou abrigo nos braços daquele rapaz onde pretendia reviver uma história de amor. Ele também a abandonara, justamente no momento em que ela mais precisaria de todas as suas juras e provas intermináveis. Estava arrasada, com medo, com raiva, mergulhada em lágrimas, e acordou. O alívio foi imediato, era só um sonho.

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